Compartilhar a vida amorosa com alguém também significa compartilhar o dinheiro. Mas será que abrir uma conta conjunta é o melhor caminho para o seu relacionamento?
Se você está pesquisando o tema ou pensando em dar esse passo, este guia vai te ajudar a entender tudo o que precisa para tomar uma decisão consciente e saudável para as finanças do casal.
O que é uma conta conjunta?
A conta conjunta é um tipo de conta bancária para dois ou mais titulares. Em geral, a percepção das pessoas é que, dentro dessa estrutura, ambos podem acessar o dinheiro, fazer movimentações ou gerenciar os recursos.
No entanto, é preciso entender que há mais de um tipo de conta conjunta e nem sempre os acessos e funcionalidades (saques, depósitos, pagamentos e investimentos, por exemplo) estão disponíveis de modo igualitário para ambos.
Antes de tomar a decisão de abrir esse tipo de serviço financeiro, é importante que o casal converse e entenda como cada um enxerga a relação com dinheiro.
Não existe um manual para chegar a uma conclusão, mas é importante entender nessa reflexão se as finanças em dupla são entendidas como:
- Divisão: cada um no seu quadrado, com responsabilidades e papéis definidos. Uma das pessoas pode centralizar a organização do orçamento.
- Compartilhamento: ambos sabem (ou desejam saber) sobre as contas, despesas, planos e metas e têm (ou querem ter) igual responsabilidade no dia a dia e no longo prazo.
A conta conjunta é indicada para os casais que queiram compartilhar despesas do dia a dia, planejar uma viagem juntos, organizar o orçamento da casa ou simplesmente centralizar a vida financeira da dupla.
E isso vale para várias etapas de um relacionamento. Pode ser para quem é casado no civil, possui uma relação estável ou, ainda, já mora junto mas ainda considera a relação como um namoro.
Saiba mais sobre como conversar sobre dinheiro no relacionamento de forma saudável!
Uma breve história da conta conjunta
Não há muitas pesquisas ou dados que relatem a evolução da conta conjunta no Brasil. No entanto, há evidências de que esse produto financeiro existe desde meados dos anos 1950 e 1960. Uma propaganda de 1969 ilustra a mentalidade da época:

O slogan da campanha (“Essa é a melhor maneira de provar que confia na sua mulher”) deixa evidente um aspecto comportamental: a conta conjunta foi criada em um momento em que a mulher ainda desempenhava funções predominantemente domésticas e dependia financeiramente do companheiro.
Nesse contexto histórico, cabia à mulher apenas o papel de organizar o orçamento doméstico e garantir que as contas fossem pagas.
Em outras palavras, a mulher era convidada, na melhor das hipóteses, a participar do planejamento financeiro, mas não tinha acesso ao dinheiro nem autonomia para tomar decisões.
Hoje essa realidade mudou por pelo menos três grandes motivos:
- 53% das mulheres participam do mercado de trabalho>>logo, as responsabilidades e papéis devem ser igualitários
- Em 2011, o Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) equiparou as relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões estáveis entre homens e mulheres>>>não faz sentido mais falar em conta conjunta apenas para relações heterossexuais
- A população está cada vez mais bancarizada e os casais, sobretudo os Millennials e a Geração Z, procuram formas mais modernas e transparentes para lidar com as finanças a dois>>>muitos produtos financeiros ainda estão baseados na lógica 1 para 1, mas a vida das duplas é compartilhada
Conta individual, conta conjunta ou conta compartilhada: qual a diferença?
Antes de abrir uma conta conjunta, é importante saber que existem diversos tipos de conta disponíveis hoje no Brasil. Uma reportagem recente do Valor Investe conta em detalhes os modos de organizar a vida financeira a dois.
Abaixo, veja um resumo sobre cada tipo de conta conjunta:
As diferenças entre cada tipo de conta conjunta podem parecer sutis, mas o resultado final é bem diferente. De modo resumido, cada casal precisa decidir se:
- Deseja apenas um cartão adicional ou compartilhar parte do saldo para facilitar o dia a dia
- Deseja ter um espaço que é dos dois, com a lógica de que o dinheiro que está ali pode ser usado livremente para as despesas e planos compartilhados
Dica: Independente da escolha, o ideal é manter uma conta pessoal para gastos individuais, salário e até para guardar surpresas (como o presente de aniversário!). 😀
Como saber se uma conta conjunta é uma boa ideia para um casal
Conversar sobre dinheiro numa relação amorosa é abrir uma porta para questões mais profundas: planos, sonhos e expectativas para o futuro. Uma reportagem do jornal O Globo explica porque ter uma “DR” financeira é um passo fundamental para os casais.
Já este estudo da University Kelley School of Business, dos Estados Unidos, descobriu outra informação relevante: casais que compartilham a vida financeira com uma conta conjunta são mais felizes, podem se amar por mais tempo e brigam menos!
Tudo porque, ainda segundo o estudo, as duplas relataram uma sensação de “Nós” ao lidar com o dia dia das finanças. Para uma versão em português e resumida do artigo, consulte aqui.
Do outro lado da moeda, conversar sobre finanças significa também enfrentar um tema delicado no relacionamento entre duas pessoas.
Dinheiro é um motivo frequente de atrito nas relações amorosas. Uma pesquisa com os clientes da fintech Noh atestou isso: 51,5% dos casais já brigaram por esse motivo, segundo reportagem publicada no portal E-Investidor.
Outro levantamento, realizado em 2025 pela Serasa, mostrou resultados semelhantes: 53% dos brasileiros consideram o dinheiro a principal causa de brigas nos relacionamentos.
Além disso, o estudo trouxe outras conclusões:
- 41% dos brasileiros já tiveram o CPF negativado por causa de um relacionamento
- 45% já contraíram dívidas de ex-parceiros mesmo após o término da relação
- 49% já esconderam algum problema financeiro do parceiro
- 35% da brigas são causadas por decisões financeiras impulsivas
Para resumir: é compreensível que muitos casais evitem entrar nesse tema, seja porque se trata de um tabu ou ainda há dúvidas sobre a melhor forma de fazer o planejamento financeiro. Os estudos mostram, contudo, que deixar essa conversa para depois pode trazer prejuízos emocionais e abalar as relações.
Como afirma o planejador financeiro Gustavo Cerbasi desde 2004, casais inteligentes enriquecem juntos.
Como calcular a contribuição de cada um para as despesas da casa
Uma fórmula comum usada por casais que compartilham gastos é dividir tudo na proporção 50/50. É um modo prático e simples para lidar com aluguel, conta de luz, supermercados e outras despesas.
Nem sempre esse arranjo vai ser justo com os dois, principalmente quando há diferença de renda e uma das pessoas tem um salário significativamente maior.
Nestes casos, a dica que damos é primeiro entender qual é o custo de vida conjunto da dupla. Na fintech Noh, por exemplo, os casais gastam juntos uma média de R$ 5 mil por mês.
Depois de entender esse valor, cada um pode contribuir proporcionalmente à sua renda. Veja essa simulação:
Casal com renda combinada de R$ 10 mil por mês e gasto conjunto de R$ 5 mil
Pessoa A ganha R$ 6.000
Pessoa B ganha R$ 4.000
Sugestão de rateio das contas:
Pessoa A contribui com 60% (R$ 3 mil)
Pessoa B contribui com 40% (R$ 2 mil).
Descubra com essa calculadora qual é a proporção indicada para você e a sua dupla e veja exemplos práticos de como fazer o rateio.
Como abrir uma conta conjunta: passo a passo
O processo varia bastante dependendo da instituição:
- Bancos tradicionais: geralmente exigem que os dois (ou mais) titulares compareçam juntos a uma agência com documentos pessoais (RG, CPF, comprovante de endereço).
- Fintechs e bancos digitais: permitem fazer o processo 100% online, por aplicativo, com envio de documentos via foto.
- Noh: o processo é todo digital e feito direto pelo app. Cada pessoa cria seu perfil e depois os dois se unem em uma única conta conjunta digital, mantendo as contas individuais nos seus bancos de origem.
Documentos básicos geralmente exigidos:
- RG ou CNH
- CPF
O prazo de abertura costuma variar de imediato (nas fintechs) a até alguns dias úteis (nos bancos tradicionais).
Dá para transformar uma conta individual em conta conjunta?
Em alguns bancos, sim. Mas o processo nem sempre é simples e costuma exigir presença física na agência. Além disso, transformar uma conta individual em conjunta pode alterar regras de movimentação, tarifas e até impacto no limite de crédito.
Alternativa: muitas pessoas preferem manter a conta individual como está e abrir uma nova conta apenas para a dupla – como é o caso da conta conjunta digital da Noh.
Se quiser entender mais sobre como a Noh facilita esse processo, clique aqui
Como funciona a gestão da conta conjunta no dia a dia?
- Extratos e notificações: todos os titulares têm acesso ao histórico de movimentações, desde que a conta conjunta seja, pelo menos, do tipo solidário
- Cartões: algumas instituições oferecem cartão de débito ou crédito adicional para cada titular. Na Noh, ambos podem ter um cartão pré-pago, nas versões física e virtual, para fazer transações e debitar do saldo comum
- Limites: os limites de saque, TED, PIX ou crédito geralmente são compartilhados entre os titulares.
- Controle dos gastos: ferramentas como a Noh permitem visualizar quem gastou o quê, criar caixinhas para objetivos conjuntos (ex: "viagem de férias", "reforma do apê") e até investir juntos.
As vantagens de ter uma conta conjunta
- Mais transparência no dia a dia financeiro
- Menos tarifas (ao invés de duas contas pagarem manutenção separada)
- Facilidade para organizar despesas compartilhadas
- Maior controle de metas financeiras do casal
- Planejamento conjunto para sonhos em comum
As desvantagens de ter uma conta conjunta e como resolvê-las
- Falta de privacidade financeira (todos veem tudo)
Como resolver: casais que compartilham a vida devem conversar abertamente sobre dinheiro e fazer combinados. Se ambos estão na mesma página, a falta de privacidade vira transparência - Riscos jurídicos em caso de separação ou falecimento
Como resolver: a conta conjunta da Noh une os casais num só aplicativo, mas ainda consegue identificar a contribuição individual de cada um
- Possibilidade de conflitos se os hábitos de consumo forem muito diferentes
Como resolver: unir as finanças de modo transparente pode mudar hábitos. Na Noh, 54% dos casais dizem que passaram a gastar de forma semelhante após adotar o aplicativo - Responsabilidade solidária: se a conta entrar no vermelho, todos os titulares respondem.
Como resolver: No caso da Noh, isso não acontece porque o aplicativo é abastecido pela dupla e não possui cheque especial ou funções de crédito
Perguntas frequentes sobre conta conjunta
Pode ter mais de dois titulares?
Sim. Algumas instituições permitem contas conjuntas com três ou mais pessoas (ex: sócios de uma empresa ou famílias).
Como fica o limite de crédito?
Geralmente o banco faz uma análise de crédito considerando os titulares. No caso de fintechs, ainda não há um produto de crédito cujo limite seja compartilhado
Quem paga as dívidas feitas na conta conjunta?
Todos os titulares são solidariamente responsáveis pelas dívidas geradas em contas conjuntas tradicionais. Há ferramentas, como a Noh, que não oferecem produtos de crédito ou cheque especial, eliminando esse problema.
Como encerrar uma conta conjunta?
Na maioria dos casos, todos os titulares precisam assinar a solicitação de encerramento.
O que acontece se um dos titulares falecer?
A conta pode ser bloqueada até que o inventário seja concluído. O saldo faz parte da herança.
Tem impacto no Imposto de Renda?
Sim. Os titulares devem declarar a conta proporcionalmente. A fintech Noh possui um tira-dúvidas sobre Imposto de Renda para casais. Spoiler: os valores são declarados individualmente, tanto para depósitos como investimentos, com base na contribuição de cada um.
Questões legais importantes
A ressalva essencial é: se tiver dúvidas específicas, consulte um advogado especializado em Direito de Família.
De modo geral, é possível traçar alguns cenários:
- Responsabilidade solidária: todas as pessoas respondem juntas por eventuais dívidas
- Bloqueios judiciais: uma dívida individual pode gerar bloqueio judicial na conta conjunta.
- Separação ou divórcio: o dinheiro na conta conjunta pode ser considerado patrimônio comum. É importante ter acordos prévios, sempre que possível.
Existe um momento ideal para abrir uma conta conjunta?
Não existe uma resposta única, mas alguns cenários em que pode fazer sentido:
- Casais que vão morar juntos
- Casais casados ou em união estável
- Quando chegam os filhos
- Quando o casal tem um objetivo financeiro claro (ex: comprar imóvel ou fazer uma viagem grande)
Mas atenção: para muitos casais, pode ser mais saudável começar com pequenos passos antes de formalizar a união das finanças.
Alternativas à conta conjunta tradicional
Se a ideia de abrir uma conta conjunta tradicional ainda não parece o melhor caminho, algumas alternativas podem ajudar:
- Contas compartilhadas de fintechs: a função "conta compartilhada" permite dividir o uso de uma conta sem criar uma nova estrutura formal.
- Cartões adicionais: algumas contas individuais permitem emissão de cartões adicionais para a outra pessoa.
- Aplicativos de conta conjunta digital, para gestão de despesas compartilhadas: a fintech Noh.
A conta conjunta digital da Noh: uma nova forma de juntar o dinheiro do casal
Se você está procurando uma solução moderna, flexível e pensada para casais, a conta conjunta digital da Noh pode ser exatamente o que você precisa.
Ao contrário das contas conjuntas tradicionais dos bancos e das contas compartilhadas das fintechs, a Noh oferece um ambiente único onde os dois têm acesso ao dinheiro da dupla, podem fazer qualquer tipo de transação, criar caixinhas personalizadas e até investir juntos.
O mais legal? Cada pessoa mantém sua conta individual no banco de origem. A Noh funciona como uma segunda primeira conta, feita exclusivamente para a vida a dois.
👉 Se você ainda não conhece, vale a pena baixar o app da Noh e experimentar! Os 30 primeiros dias são grátis.
Conclusão: a conta conjunta é a escolha certa para vocês?
Abrir uma conta conjunta pode facilitar (e muito) a vida financeira de um casal. Mas como toda decisão que envolve dinheiro e relacionamento, ela deve ser bem pensada.
Conversem, alinhem expectativas e escolham a opção que faz mais sentido para o momento de vocês. Seja uma conta conjunta tradicional, uma conta compartilhada ou a conta conjunta digital da Noh, o importante é ter clareza e transparência nas finanças.